Incluindo pessoas com deficiência na sua empresa

Quando você pensa em uma pessoa com deficiência (PCD), que imagem aparece na sua mente? E, mais importante, com quantas pessoas nessas condições você convive no dia a dia de trabalho? A resposta para esta pergunta pode ser que não é comum vê-las trabalhando no mesmo ambiente que você.

No Brasil, segundo dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, correspondendo a quase 25% da população brasileira. A Lei nº 8.213, implantada em 1991, também chamada de Lei de Cotas, regulamenta uma porcentagem, de 2% a 5%, de reservas nas vagas de empresas a partir de 100 colaboradores para PCDs no país. O cumprimento dessa medida é fiscalizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). 

Existem dois tipos de deficiência: física e mental. São pessoas com Síndrome de Down, do X-Frágil, de Algeman, do Cri du chat (conhecida como miado do gato), de Prader-Willi e de Williams, surdez, mudez, cegueira, paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação, paralisia cerebral e ostomia. 

Essas pessoas são aquelas que têm impedimento, a longo prazo, de natureza física ou mental, intelectual ou sensorial que, em interação com as barreiras do cotidiano, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. 

 

Como incluí-las no mercado?

O primeiro passo é ter pessoas qualificadas para o atendimento deste público desde o recrutamento. É preciso que o empregador entenda que ele inclui necessidades diferentes dos demais e que é necessário uma rede de apoio. Para o grupo de deficientes físicos, é necessário, também, que o ambiente seja acessível e adequado para recebê-los. 

 

Algumas dicas:

  1. Antes de qualquer contratação, sensibilize sua equipe implementando uma cultura de empatia, respeito e reconhecimento às limitações.
  2. Promova a inclusão nas suas rotinas de trabalho e faça um mapeamento de acessibilidade: na atitudes, na arquitetura, comunicação, metodologia, ferramentas e programáticas (barreiras invisíveis que possam existir);
  3. Conte com um apoio especializado! Tenha uma pessoa fluente na Língua Brasileira de Sinais, por exemplo;
  4. Para as pessoas com deficiência mental, é importante deixar claro, tanto para o portador quanto para os colegas de equipe, informações como função a desempenhar, horário de trabalho, líder para o qual deve se reportar, tipo de deficiência e suas limitações;
  5. Conscientize, capacite e divulgue internamente seu programa de inclusão.

Regras de cotas para PCDs nas empresas

  • até 200 colaboradores — 2%;
  • de 201 a 500 colaboradores — 3%;
  • de 501 a 1.000 colaboradores — 4%;
  • a partir de 1.001 colaboradores — 5%.